Autor de dois gols e uma assistência na última vitória do Fluminense, o atacante Marcos Paulo, 19, conseguiu algo bem incomum nesta segunda-feira (7): um perfil em “La Gazzetta dello Sport”, o principal jornal esportivo da Itália.
O jovem tricolor tem contrato com a equipe das Laranjeiras por pouco mais de seis meses e está na mira da Inter de Milão, que em breve, se houver um acerto entre as partes, poderá um pré-contrato com ele sem pagar nada ao clube carioca.
“Se tem um tio que se chama Ronaldo, um pouco de ‘neroazzurro’ deve ter para estar entre as estrelas”, diz as linhas iniciais do texto, um pouco mais literal ao relembrar a agem do Fenômeno, então eleito o melhor do mundo, pela Inter nos anos 90.
Não, o camisa 9 campeão do mundo pela seleção brasileira em 2002 não é tio de Marcos Paulo, mas o tio do jogador do Fluminense também se chama Ronaldo foi importante para ele iniciar no futebol.
Tudo porque tinha uma escola de futebol em São Gonçalo. Foi lá que o garoto deu os primeiros chutes rumo ao profissionalismo.
O mais incrível é que a Inter de Milão o conheceu por meio de olheiros e também pelos jogos do jovem em torneios de base por Portugal e ficou convencida de que vale a pena investir nele como “reserva” de Lukaku.
Mas o jornal diz que o convencimento ocorreu muito mais pelo fato de Marcos Paulo ter aporte europeu --ele é naturalizado português e defende a seleção de Portugal sub-20--, os “dribles no estilo Neymar” e a facilidade para fazer gols.
“Em sua terra natal há quem o compare a Neymar, mas ele tem muito menos imprevisibilidade e um físico bem diferente: um 1,86 m de altura e não lhe falta força. O que falta, no entanto, é a continuidade a ponto de perder o lugar no time antes da pandemia. No verão Marcos Paulo parecia destinado a deixar o Flu: Lille ou Marseille. O próximo será a Inter?”, finaliza o texto.
Sem acordo com o Fluminense para prorrogar o contrato, Marcos Paulo ainda não recebeu oferta da Inter de Milão. Está no clube carioca desde 2011, tendo como ídolo Ronaldinho Gaúcho. Foi promovido ao profissional em 2019 e tem multa de 45 milhões de euros (hoje, R$ 281 milhões).